Excelentíssimo Senhor
Vereador Juliano Muller de Oliveira
Presidente da Câmara de Vereadores
Senhores Vereadores
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
Venho encaminhar à apreciação de Vossas Senhorias o Projeto de Lei do Legislativo que “Denomina via pública na Localidade de Serra Grande”.
A proposta visa homenagear cidadão que prestou relevantes serviços a comunidade igrejinhense.
Nestes termos, solicito a aprovação da matéria.
Cordialmente
Vereador NEIMAR LUIZ PARREIRA
Bancada do PP
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
“Denomina via pública na Localidade de Serra Grande”
Art. 1º Fica denominada Estrada ANTON CASANOVA, a estrada que inicia na Estrada Carlos Dreyer e tem o seu término na propriedade de número 709. A estrada Anton Casanova está a 4.900m de distância da Estrada Edgar Willy Wolff, seguindo pela Estrada Carlos Dreyer, no sentido Igrejinha/Santa Maria do Herval, à direita, na Localidade de Serra Grande.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
CÂMARA MUNICIPAL DE IGREJINHA
EM 12 DE MARÇO DE 2018.
Vereador NEIMAR LUIZ PARREIRA
Bancada do PP
Biografia de ANTON CASANOVA
Anton Casanova, filho de Vinsenso Moro Casanova e Rosina Muster Casanova, nasceu em 07 de junho de 1896, na Suíça.
Aos 9 anos de idade entregava pão para ajudar a sua mãe com as despesas da casa. Seu pai, italiano, nunca se adaptou a Suíça e, por este motivo, voltou para a Itália para trabalhar, quando tivesse condições, buscaria a família, porém, faleceu antes deste fato acontecer. Anos mais tarde, Anton trabalhou em uma empresa de fabricação de lentes para óculos.
Anton conheceu e casou-se com Rosa Mina Casanova, em 07 de junho de 1923. Ela de cidadania alemã.
A situação econômica na Suíça não era nada fácil. Após a Guerra, os suíços viviam em meio a pobreza e a insegurança em relação ao futuro. O jovem casal frequentava a igreja e muito atentos às orientações dos padres e pastores resolveram juntar as economias e migrar ao Novo Mundo, o Brasil. Os padres e pastores daquela época “vendiam” o Brasil como um país que possuía rios de leite e mel, com ricas e vastas plantações, sem fome, sem miséria, tamanha a abundância dos recursos encontrados aqui.
O casal não relutou, juntaram suas economias rumo ao novo país. Embarcaram em Hamburgo, na Alemanha, em um navio cargueiro, que carregava passageiros e chegaram ao Brasil em 1º de agosto de 1923, no Rio de Janeiro. Os planos eram viajar do Rio de Janeiro para Paranaguá, mas neste trajeto conheceram um homem de sobrenome Sperb, de São Leopoldo, que ofereceu terras na região que hoje conhecemos por Serra Grande. Compraram uma área de terras sem imaginar o que os aguardava.
Quando chegaram ao destino, deram-se conta que a localidade era afastada, com mata natural e apenas uma casinha de sapê, muito diferente das expectativas. Ambos estavam acostumados a uma vida na cidade. Rosa falava fluentemente alemão, francês e italiano, compreendia e falava um pouco o inglês e Anton não tinha prática no ramo da agricultura. Com muita dificuldade precisaram aprender a viver neste mundo novo, ao qual nada se parecia com os relatos ouvidos na Suíça. Em meio há muitas dificuldades, o casal precisou aprender a trabalhar com a terra, em especial, para ter alimento. Foram muitas vezes enganados por pessoas da vizinhança, mas mesmo diante dessas dificuldades tiveram 4 filhas: Maria, Fani, Erica e Orlanda, todas brasileiras.
Anton e Rosa nunca mais voltaram à Suíça, apenas comunicavam-se por correspondências com a família que ficou para trás.
Atualmente, os 8 netos de Anton e Rosa residem no Brasil e alguns de seus descendentes possuem as terras que pertenciam ao casal.
Anton faleceu aos 83 anos.